
Em cobertura simultânea, a rede Globo já
inicia algumas e esparsas referências à algumas desqualificações do autor do
fato atribuindo o uso de barba, vida introspectiva e anti social etc..., um
processo de caracterização e caricaturização de um suposto atentado terrorista.
Coincidentemente a revista Veja, na edição da
semana anterior (ao evento) tinha como capa a aproximação do Brasil ao
terrorismo, sendo este um dos pontos do mapa para as estratégias terroristas,
apontando inclusive supostos indivíduos ligados a grupos vivendo legalmente no
Brasil.

Sendo tal posicionamento odioso e cretino em
dois aspectos.. primeiro por tentar (e
consegue) manipular a opinião publica no sentido de assemelhar a cultura
muçulmana de forma leviana ao terrorismo, como é praxe na vida ocidental; e em
segundo, pelo fato de tirar conclusões igualmente precipitadas acerca do fato
citado, e isto sequer sem levar em conta que isto não faz parte de seu papel.
Mas o que me chama a
atenção é a nítida proposta que muito provavelmente se tornará realidade ou
positividade, o fato de uma futura e breve criação legislativa qualificando
atos assemelhados como terroristas (saliente-se que tal definição está a
espreita a algum tempo na legislação nacional) tornando, como se fosse
novidade, a mídia no mais novo Poder Legislativo e que não deixa a pauta em
espera, principalmente quando se trata de acirrar o poder punitivo.