segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

A incapacidade de traduzir em palavras

Venho através desse post romper um longo tempo de silencio, por conta dessa canção, que abro espaço logo abaixo para que quem não assistiu, faça um favor a si mesmo em assistir:
Esse vídeo me remete a total incapacidade de traduzir um sentimento, e a essência do individuo humano, em grande medida sentimentos de toda ordem e forma em palavras.
Quem sabe de algumas dos problemas de um dos atores do videoclipe oficial da cantora Sai, que tem como bailarino o ator Shia LaBeouf consegue identificar a sua luta encenada contra o vicio do álcool e tambem da clausura da fama e todos seus dilemas pessoais muito bem dramatizados pela musicalidade.
Mas, sobretudo para compartilhar a reflexão que essa musica e esse clipe encenado proporciona. Como o tema do mais recente álbum da banda norte-americana Foo Fighters, Sonic Highways, cuja proposta é, toda cidade tem sua musica, toda musica tem sua historia. Essa é a historia das prisões. Prisões essas que são individuais, coletivas, materiais e invisíveis, reais e imaginarias.

Essa é uma musica que remete ao grito, ou pelo menos a angústia proporcionada pela varias formas de aprisionamento e que em muitas vezes é acompanhada da incapacidade do próprio individuo em se libertar.

terça-feira, 31 de março de 2015

do povo e para o povo, mas nao por ele mesmo - nova edição da revista critica penal y control (U. Barcelona)

venho divulgar recente publicado do mais novo numero (8) da revista Critica Penal y Poder da Universidad de Barcelona (2015) contendo artigo intitulado "do povo e para o povo, mas não por ele mesmo: o sistema penal no controle/limitação da democracia" de minha autoria, e que versa sobre a criminalização dos movimentos sociais, mais especificamente analisando a repressão das manifestações que ocorreram no Brasil no ano de 2013.
A edição da revista pode ser acessada na integra no link, http://revistes.ub.edu/index.php/CriticaPenalPoder
Segue o mesmo abaixo o artigo completo.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

a mulher e o sistema penal

artigo recentemente publicado na ultima edição da revista de Estudos Jurídicos da UNESP em Franca SP, em seu numero 27 v. 18.

mais um trabalho resultado das atividades de pesquisa, e que ingressa na jovem existência do Grupo Latino-Americano de Criminologia Critica (UNESC);

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

O presente de Natal do Grinch

O pacote de reformas do Governo pega em cheio a população, e me decepciona e muito. Ainda que não tenha votado, por estar fora do meu domicilio eleitoral, mas mesmo assim me decepciona muito, pois tomei partido no segundo turno da eleição. E me surpreende negativamente, justamente por partir do núcleo central do governo, se partisse de uma proposta de algum deputado, não seria tanto, ainda que da bancada do PT que tem força importante no congresso. Mas sim por partir do executivo, recém reeleito por grande parte da massa popular do pais, que será diretamente afetada e profundamente com esse reforma.

Isso me comprova o que o próprio Loic Wacquant já falava, as politicas neoliberais independem de pais de esquerda ou direita, mas sim de uma politica neoliberal que é transnacional (Wacquant, 2012).

Mas para mim, se fortalece uma outra reflexão que faço há algum tempo. Quando os agentes penitenciários fazem paralisação por melhores salários (e eles tem os piores salários da segurança publica), quem ajuda na manifestação? Um redondo NINGUEM. Quando os policiais militares fazem manifestação ou paralisação por melhores salários, e seus salários também são ridículos! Quem ajuda e apoia. Outro redondo NINGUEM.

E fica todo mundo estarrecido quando ocorre alguma manifestação, em geral de mudanças que afetam a camada media da sociedade, universitários como importante massa manifestante e são severamente e violentamente reprimidas pelos agentes policiais, que nesses momentos, não são mais que cães do governo. E não se veem identificados com as pautas da manifestação, e cumprem seu trabalho (com os excessos que são típicos da atuação do sistema penal, é claro; mas cumprindo o que lhes é determinando enquanto empregados que são!).

Isso demonstra a fragmentação em que se vive, ou seja, estamos todos preocupados unicamente com os próprios problemas, e com as mudanças que nos afetam diretamente; como se pode verificar nas manifestações do ano passado – as quais eu acreditava, ao inicio, que poderiam efetivamente ser um momento de transformação – mas logo em seguida demonstraram não ter qualquer pauta politica coletiva e consciente, e que não se passava de um mero espasmo coletivo, ou como diria Marcelo Yuca, um inconsciente popular (e em muitos momentos não tão popular assim).

Tendo em vista que, as manifestações se formam de grupos totalmente isolados, imbuídos dos próprios interesses (egoisticamente); sem uma consciência enquanto coletivo e que as pautas são interligadas, e que só se tem força enquanto coletivo social e popular; afora essa possibilidade, não se passam de pequenos espasmos que o governo não tem qualquer dificuldade em dissipar.

Nem tão popular, porque muitas das manifestações tem como pauta questões que a grande massa popular não comunga, desconhece. Por exemplo, o aumento no preço da gasolina, ou mudança nas alíquotas de imposto de renda ou elevação drástica no IPTU (como tem ocorrido em Pelotas); enfim.. questões que causam comoção, indignação, e alguma forma de protesto, cuja chance de ser reprimida é grande.

Ano passado, quando ocorriam as manifestações e quando a pauta delas se alargou, demonstrando sua completa inconsciência politica.. eu pensava.. quando vai ocorrer uma manifestação pela reforma da PREVIDENCIA SOCIAL? Ou vamos esperar que as pessoas doentes, idosas, mutiladas, com sérios e incapacitantes problemas de saúde saiam as ruas para protestar.. elas que serão seriamente afetadas por essa reforma, além de outras tantas.. e esse sim é um grupo popular, da camada mais inferior da sociedade, e que não tem representatividade politica alguma, pois não são universitários.

É necessário que se tome como prioridade pautas gerais, que atingem a sociedade para além da sua pequena e media burguesia (classe media), e sim questões populares, além de da necessidade de se identificar com as mais variadas frentes de luta com consciência politica; pois a perspectiva é de retrocesso dos direitos sociais em geral – e essa reforma é sim, retrocesso de direitos sociais!!!


Ou seja, essa postagem, como há tempos não fazia, é para compartilhar uma reflexão, e um desabafo, diante da conjectura (que se apresenta mais como estrutural) da politica e, sobretudo, da conformação da nossa sociedade civil indolente.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Repensar os DH no Horizonte da Libertação - Alejandro Rosillo



Divulgando recente trabalho do professor Alejandro Rosillo Martinez, da Universidad Autónoma de

San Luis de Potos (Mexico) sobre os Direitos Humanos e a Teoria Critica na Perspectiva da Filosofia da Libertação, traduzido por Lucas Machado, e publicado no Brasil através dos Cadernos o Instituto Humanitas da UNISINOS..

IHU ideias Rosillo.pdf by Jackson da Silva Leal

sábado, 27 de setembro de 2014

lançamento da revista praia vermelha.. n. 23

Revista Praia Vermelha PPGSS UFRJ, v. 23, n. 1 jan-jun 2013
lançamento dia 02 de outubro de 2014 com palestra de Yolanda Guerra e Virginia Fontes..
um dos melhores trabalhos que tenho acompanhado em revista cientifica.. revisão e editoração impecável.. fiquei muito honrado em contribuir com esse numero da revista.. e com um artigo que particularmente gosto muito"a politica social e a politica criminal na Governabilidade moderna: 10 anos de governo do PT"
com uma linha editorial e posição teórica clara.. recomendo muito!
após o lançamento, o material estará todo disponivel no sitio da revista,
http://praiavermelha.ess.ufrj.br/




quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Uma voz obediencial no Sul - Pepe Mujica - ONU 2013 - conferencia completa

Venho interromper o silêncio e a inatividade do blog para repassar e divulgar a conferencia do Presidente da República do Uruguai José Pepe Mujica, (abaixo e na integra ) e que traz um discurso dissonante entre os demais representantes e que tenderia a qualifica-los de seus pares, entretanto, me parece que tal qualificativo seria um desprecio a figura de Mujica, que, retomando uma categoria de Enrique Dussel, tem se feito um sujeito Politico que faz politica como processo histórico e democrático (participativo) e que manda obedecendo, uma politica obediencial - e por isso, não se confundindo com os demais estadistas lá presentes.