Esta postagem é uma abordagem em duplo
sentido, primeiro de prestar uma homenagem, e em segundo de fazer uma analise
minimamente critica da situação que se cria, ou é forjada no ceio da modernidade
como forma de gestar a sua humanitária war on drugs.
Neste sentido, a homenagem é no sentido de
um reconhecimento e tributo à artista Amy Winehouse e a sua capacidade de fazer
musica com origem em blues e jazz o que por si só já é inusitado e louvável
nesta modernidade de produção em serie e de um processo de desculturação e homogeneização
identitária.
E ainda, tal talento permeado ou levado a
cabo pela sua personalidade intensamente transgressora, que unida a sua música
remonta ao cenário retratado por Howard Becker e William Foote White...
E em segundo lugar, fazer uma analise do
consenso que se forma em torno da morte da artista, no sentido genuíno do
termo...consenso na pior acepção de Dussel, no sentido de pura manipulação do
poder de difusão midiática encontrada na modernidade pelo poderia tecnológico,
e que pode servir a fins emancipatórios – de diálogos e comunicação de lutas
(no sentido atribuído por Negri) – mas que também serve a fins sórdidos de manipulação
da opinião publica, como ocorre no que diz respeito às drogas..
Assim, vê-se que está montado mais um cenário
de que esta mídia necessita para fortalecer seu papel nesta luta contra as
drogas, exportada e imposta pelo mundo ocidental burguês, como imperativo categórico
humanista ocidental..!
Nesta linha, e ao arrepio de uma ciência criminológica
levada a sério, recrudesce-se o pensar em relação às drogas, a partir de um viés
meramente positivo-reducionista e maniqueísta, quem dirá o que este pensar
permitirá em termos de procedimentalidades !?!?
Fiquemos com o Blues e Jazz transgressores por natureza.. afinal o que seria da arte se não fosse a transgressão!!???
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