segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Fazendo Eco que re-produz


Conforme solicitação do prof. Salo de Carvalho, em seu blog (anti-blog de criminologia), repasso e divulgo a campanha do Governo Federal contra a violência de gênero.


Tal campanha não se fundamenta em qualquer veículo punitivo, como é a praxe, mas sim através de um processo de des-subjetivação da submissão do gênero feminino. Um processo de desconstrução do estereótipo construído juntamente com a sociedade organizada "politico-varonicamente".

Nesse sentido, gostaria ainda, de trazer a reflexão possibilitada através de Negri e Hardt (IMPERIO, 2006) mais uma vez, no que diz respeito à comunicação dos processos de luta. E tenho certeza que é neste sentido que o prof. Salo pede a divulgação da campanha. Tendo em vista que a maneira difusa e em rede na qual funciona o sistema de opressão moderna, somente através de uma luta engajada e interconectada para fazer frente! Assim colocam os autores:

Deveríamos ser capazes de reconhecer, em outras palavras, as características fundamentalmente novas que essas lutas apresentam, apesar de sua diversidade radical. Primeiro, cada luta por intermédio de condições locais firmemente arraigadas, salta imediatamente para o nível global e ataca a constituição imperial em sua generalidade. Segundo, todas as lutas eliminam a distinção tradicional entre conflitos econômicos e políticos. As lutas são ao mesmo tempo econômicas, politicas e culturais – e, por consequência, são lutas constituintes, que criam novos espaços públicos e novas formas de comunidade (NEGRI; HARDT, 2006: 74-5)

Nesta linha ainda, gostaria de repassar o artigo “DOMINAÇÃO MASCULINA E PRISÃO: o contrato sexual e o encarceramento feminino” de autoria deste que vos fala; publicado originariamente no sítio do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais e fruto da pesquisa do Grupo Interdisciplinar e Trabalhos e Estudos Criminais Penitenciários (GITEP/UCPel) que trata das sobrecargas de punição sobre a mulher encarcarcerada na 5ª Região Penitenciária do Rio Grande do Sul; e, o artigo  “A globalização e a modernidade varônica”, de autoria deste que vos fala em comunhão de esforços com outros colegas, apresentado no Seminario Permanente de Derechos Humanos “Xavier Gorostiaga” (2008). Ambos acessíveis através deste blog (em sua aba esquerda), e apresentam uma abordagem acerca da problemática de gênero e sua violência invisível.

Desta forma, busca-se fortalecer o conhecimento e a capacidade reflexiva em torno da problemática de gênero, e também fazer ecoar as lutas que são travadas diariamente por homens, mulheres e seus movimentos, e assim, poder combatê-la da mesma forma como foi criada, no corpo e na mente de cada indivíduo dotado de sua singularidade e alteridade!

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