terça-feira, 29 de março de 2011

As fronteiras econômicas intransponíveis do pensamento


Esta postagem tem o intuito de relatar o profundo pesar em transcorrer da euforia, à decepção e à indignação em menos de uma hora!!

Nesta tarde de enquanto levava a cabo os estudos de acesso à Justiça, elaborando o seminário que apresento no dia de amanha (dia 30 de março) para a disciplina do amigo e prof. Dr. Luiz Antônio Bogo Chies, acabei dando uma espiada no sítio da ZH para ver as notícias do meu colorado.. quando me deparo com a notícia/divulgação de uma conferência do ilustre professor e grande referencial teórico Zygmunt Bauman na cidade de Porto Alegre neste ano de 2011.

Este fora o momento da euforia! A possibilidade de poder estar assistindo, pessoalmente algumas das colocações que já se pode estar acessando através das suas leituras, entretanto pode estar se travando um diálogo no sentido de desvelar algumas críticas que se dirigem a algumas concepções do mesmo!!

Entretanto, procuro na internet o sitio oficial do evento a fim de saber localidade, inscrições, valores etc... e para minha (desagradável) surpresa, encontro o valor determinado em R$ 725,00 (setecentos e vinte e cinco reais)!! e aí sou engolfado em um profundo desapontamento.

Para, no momento seguinte ser tomado por um profundo sentimento crítico; retomando mesmo até concepções do próprio Bauman, quando trabalha a transformação das próprias pessoas e do conhecimento em mercadoria, como sendo uma das marcas da modernidade líquida !!

É um autentico processo de estratificação e segmentação do saber-poder, que inviabiliza, através de estratégias puramente economicistas o acesso ao grande público acadêmico.

Compreendo que um evento de tal envergadura deva ser bem caro, custoso! E que sequer o autor conhece tal situação (ou conhece – mas prefiro acreditar que não!). Mas entendo também que se poderia utilizar de alguma (s) estratégias para democratizar a produção e difusão dos conhecimentos que serão trabalhados, se é que queremos uma sociedade pós-moderna num sentido trabalhado por Boaventura de Sousa Santos, que vem à  Porto Alegre e fala para um público bem mais plural!!

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