sexta-feira, 4 de março de 2011

A paz que eu não quero! ..numa cidade muito longe daqui !


Em primeiro lugar o porquê da fronteira?! Utilizando-se uma categoria trabalhada por Boaventura de Sousa Santos, onde viver na fronteira significa não estar nunca dentro do mapa da modernidade desenvolvimentista e disseminadora de oportunidades, mas ao mesmo tempo também não estar fora, tendo em vista que somos jogados a este modus vivendi do desejo irrefreável do consumo.

Em meia às preocupações diárias, angústias, medos, esperanças, expectativas, ansiedades que permeiam os sentimentos, dias e noites mais ou menos, algumas sonoridades e vozes próximas ajudam a refletir, ou pelo menos, por algum momento, desligar! Se é que isto é possível.


“Outra epidemia desanima quem convive com medo
Botões e atalhos amplificam a distância
Esse é o poder solitário
Vejo a minha história com a sua comungar”
(O monstro invisível – O Rappa)


Neste período, já aparentemente longo, a minha religião parece ser a produção cientifica e a busca de um conhecimento prudente, para talvez, uma vida mais decente, em busca de respostas, ou pelo menos das perguntas certas, e quiçá, de uma condição mais humana...


“Tentei ser crente
Mas, meu cristo é diferente
A sombra dele é sem cruz, dele é sem cruz
No meio daquela luz, daquela luz”
(O meu mundo é O Barro – O Rappa)

Espero que estes devaneios pareçam ter algum sentido para mais alguém; caso não tenham, bom.. nem tudo faz sentido mesmo!!!  Às vezes apenas é imprimido sentido a este paradigma racionalista e reducionista que nos é colocado garganta abaixo!!

...mas isso acontece numa (so)ci(e)dade muito longe daqui, que tem problemas que parecem os problemas daqui, que tem favelas que parecem as favelas daqui..  mas é uma (so)ci(e)dade muito longe daqui!??! (Marcelo D2 e Leandro Sapucahy)
O Rappa ao vivo na Favela da Rocinha, uma ótima pedida para refletir, ou simplesmente curtir..!!!

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