Em primeiro lugar o porquê da fronteira?!
Utilizando-se uma categoria trabalhada por Boaventura de Sousa Santos, onde
viver na fronteira significa não estar nunca dentro do mapa da modernidade
desenvolvimentista e disseminadora de oportunidades, mas ao mesmo tempo também
não estar fora, tendo em vista que somos jogados a este modus vivendi do desejo
irrefreável do consumo.
Em meia às preocupações diárias, angústias,
medos, esperanças, expectativas, ansiedades que permeiam os sentimentos, dias e
noites mais ou menos, algumas sonoridades e vozes próximas ajudam a refletir,
ou pelo menos, por algum momento, desligar! Se é que isto é possível.
“Outra epidemia desanima quem convive com medo
Botões e atalhos amplificam a distância
Esse
é o poder solitário
Vejo
a minha história com a sua comungar”
(O
monstro invisível – O Rappa)
Neste período, já aparentemente longo, a
minha religião parece ser a produção cientifica e a busca de um conhecimento
prudente, para talvez, uma vida mais decente, em busca de respostas, ou pelo
menos das perguntas certas, e quiçá, de uma condição mais humana...
“Tentei ser crente
Mas,
meu cristo é diferente
A
sombra dele é sem cruz, dele é sem cruz
No
meio daquela luz, daquela luz”
(O
meu mundo é O Barro – O Rappa)
Espero que estes devaneios pareçam ter
algum sentido para mais alguém; caso não tenham, bom.. nem tudo faz sentido
mesmo!!! Às vezes apenas é imprimido
sentido a este paradigma racionalista e reducionista que nos é colocado
garganta abaixo!!
...mas isso acontece numa (so)ci(e)dade
muito longe daqui, que tem problemas que parecem os problemas daqui, que tem
favelas que parecem as favelas daqui.. mas
é uma (so)ci(e)dade muito longe daqui!??! (Marcelo D2 e Leandro Sapucahy)
O Rappa ao vivo na Favela da Rocinha, uma
ótima pedida para refletir, ou simplesmente curtir..!!!
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